O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese nesta sexta-feira (19), numa conversa que durou cerca de meia hora. Foi o primeiro encontro bilateral em sua viagem ao Japão, onde chegou nesta quinta-feira (18), minutos antes da meia-noite.

Até a próxima segunda (22), Lula participa, como convidado pela sétima vez, da cúpula estendida do G7, em Hiroshima. Segundo o Palácio do Planalto, o principal assunto da reunião foi a ampliação das relações entre os dois países. O brasileiro ressaltou que sua prioridade é reforçar a proteção do meio ambiente e da biodiversidade. E mencionou também os investimentos australianos na produção de hidrogênio verde no Ceará. 

De acordo com Lula, a iniciativa vem complementando a matriz energética brasileira limpa. O presidente destacou seu objetivo de recolocar o Brasil nas relações internacionais. Enquanto que, internamente, trabalha pela retomada das políticas sociais e das obras de infraestrutura para impulsionar o crescimento econômico.
Brasil de volta.

A origem trabalhista de ambos também foi lembrada por Lula, segundo informações do Palácio do Planalto. O petista chamou atenção para a promoção de novas relações entre o capital e o trabalho para evitar a precarização e fortalecer os sindicatos.

Em sua conta no Twitter, o presidente do Brasil observou que, desde 2018, não havia um encontro entre os dois países. “Falamos sobre a ampliação das relações Brasil-Austrália, a Copa do Mundo de Futebol Feminino e recebi o convite para visitar a Austrália. Vamos trabalhar para cada vez mais aproximarmos nossos países”, escreveu Lula.

O primeiro-ministro australiano, por sua vez, comentou a importância da eleição de Lula, no ano passado, principalmente para a defesa do meio ambiente. Em suas redes sociais, Albanese também celebrou a reunião. “Foi incrível encontrar com o presidente Lula pela primeira vez hoje (sexta-feira). E parabenizá-lo pessoalmente pelo fato do Brasil presidir o G20 em 2024”, destacou.

Agenda no G7
A reunião com a Austrália é o primeiro e único encontro desta sexta. A maratona segue, contudo, neste sábado (20), quando Lula se encontrará com o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, e o presidente da Indonésia, Joko Widodo, pela manhã. A partir do final da tarde, ele fará reuniões separadas com o presidente da França, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.

Já no domingo, Lula se reunirá com o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o primeiro-ministro do Vietnã, Phạm Minh Chính. O Itamaraty também sinaliza a possiblidade de encontros bilaterais com os premiês da Índia, Narendra Modi, e do Canadá, Justin Trudeau. Os compromissos serão paralelos às três sessões oficiais da cúpula do G7. A primeira está marcada para este sábado, com o tema “Trabalhando juntos para enfrentar múltiplas crises”. A reunião abordará os problemas da insegurança alimentar, saúde, desenvolvimento e gênero.

Ao final da conferência é esperada a assinatura de um comunicado conjunto sobre a fome de todos os países participantes. No mesmo dia, Lula participará da sessão “Esforços conjuntos para um planeta resiliente e sustentável”. Entre os temas estão clima, energia e ambiente”. No domingo, a sessão de trabalho será sobre “Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero”. A previsão a Guerra na Ucrânia seja abordada. O presidente do país, Volodymyr Zelenksy, é esperado no encontro.