O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura do coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, preso acusado de envolvimento nos atentados de 8 de janeiro. O militar estava preso no Batalhão de Guarda Presidencial (BGP) do Exército.
A soltura do coronel ocorreu mediante o cumprimento de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica. Corrêa Netto é integrante do chamado "kids pretos", grupo de elite, uma espécie de forças especiais do Exército.
De acordo com as investigações da operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, ele articulou uma reunião para discutir golpe em Brasília. O militar teria sido o responsável por intermediar o convite para outros militares dos kids pretos.
Os investigadores identificaram conversas dele com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cid foi preso pela PF e firmou um acordo de delação, dando detalhes sobre uma trama golpista para fazer com que Bolsonaro continuasse no poder mesmo após perder as eleições de 2022. O plano seria colocado em prática em dezembro do mesmo ano — dois meses após o resultado das eleições.