O PT busca vices para as chapas de Adriana Accorsi, pré-candidata a prefeita da capital, e Antônio Gomide, de Anápolis, que possam ampliar o alcance da chapa, e um representante do eleitorado evangélico está entre as possibilidades, afirma Olavo Noleto nesta entrevista à Tribuna do Planalto. A aliança com o PSD, de Vanderlan Cardoso, não está descartada, assim como uma aproximação com o PSDB. Sobre Ronaldo Caiado, Noleto afirma que as “incoerências” do governador não impactam na relação institucional entre o Executivo e o Estado, todavia, ele afirma que Caiado tem errado na condução política que adotou, se aproximando da extrema-direita para ter o apoio de Jair Bolsonaro a sua pretensão de ser candidato a presidente em 2026, e que a história o irá julgar.
TRIBUNA DO PLANALTO – Em fevereiro deste ano, quando esteve aqui, o senhor sugeriu que o senador Vanderlan Cardoso saísse da disputa e apoiasse Adriana Accorsi e, como retorno, ele teria garantida a aliança com o PT para tentar a eleição para governador em 2026. Vanderlan lançou candidatura a prefeito de Goiânia. Ainda há possibilidade de uma aliança com Vanderlan em Goiânia?
OLAVO NOLETO – Para mim, sim, até o último minuto, até a inscrição das chapas no TRE. Nós respeitamos a posição do senador, porque é legítimo ele pleitear apresentar o nome, as pesquisas reforçam ainda mais essa legitimidade, devido ao tamanho da intenção de voto dele. O que fiz foi externar algo que acreditávamos e acreditamos que possa ser bom para constituir um eixo político para Goiás; fortaleça o campo de eleição em Goiânia e já aponte um projeto para 2026, mas se não for possível, é do jogo e vamos disputar a eleição. Adriana está se mostrando viável, com uma desenvoltura muito boa, e o calendário está andando, nossa candidata está firme e forte cada dia mais.
Qual é o perfil do vice que o PT busca e quais são os critérios para definição desse vice?
A ideia sempre é ampliar e essa ampliação pode ser de partidos para além do nosso campo de esquerda, vamos ver qual vai ser o campo de alianças, esse ampliar pode ser de perfil, com um empresário, um evangélico, um político experimentado que não seja da história da esquerda. Por exemplo, alguém que venha a ser apresentado por esse bloco de partidos que está discutindo quem vai apoiar Vanderlan e outros partidos ou o bloco do Bruno Peixoto, Romário Policarpo, PSB, Elias Vaz, José Nelto, Jorge Kajuru, vamos supor que um desses partidos indicasse um vice que tivesse densidade política e não fosse exatamente do nosso campo de esquerda. É uma ampliação. A grande questão sempre é ampliar e um vice que ajude a ampliar ajuda muito. Mas não tem uma regra, não tem uma proposta, um caminho só. As conversas vão produzir a possibilidade de um vice que amplie.
O PT não elegeu nenhum prefeito de capital em 2020. Para a deste ano, há pré-candidatos em 13 das 26 capitais. Qual a importância da candidatura de Adriana Accorsi para a estratégia do PT, não só eleitoral, mas de governabilidade e de poder?
Primeiro, o que ela representa, a grandeza da Adriana, a sua história, a representação dela na sociedade, a leveza dela, o patrimônio político que ela, por si só, já significa hoje. Segundo, a possibilidade de ter um palanque que defenda a nossa história, o nosso projeto, nosso legado, o nosso governo. Hoje, com a polarização que está colocada e pela radicalização do campo bolsonarista, tentando nos empurrar para um extremo – não temos nada contra a polarização, mas essa é uma polarização doente, uma polarização que não é saudável – ter porta-vozes qualificados, que ajudem a reposicionar e trazer a política para o centro do jogo, porque hoje se tem a prática da negação da política. Isso é a doença do bolsonarismo, eles fazem política pregando a antipolítica. Isso é uma fraude, e não adianta xingar, gritar, espernear. Temos que politizar, educar, mostrar a diferença na prática, e um bom porta-voz, um bom candidato, faz isso. Em primeiro lugar, o que a Adriana significa, o que ela é e a importância dela. Em segundo lugar, o que ela pode ajudar, porque (é importante) ter candidatos no Brasil inteiro com essa grandeza, com esse tamanho e essa capacidade de politizar. Paulo Freire aí: precisamos educar, retroalimentar, aprender e construir junto com o povo. Vamos ter que refazer e é um aprendizado permanente. A Adriana tem essa capacidade e essa grandeza.
Em Goiânia, a direita tem até agora dois candidatos, Sandro Mabel (UB) e Gustavo Gayer (PL). Qual a avaliação que o PT faz da divisão desse campo?
Eu acho que nos favorece eles dividirem os votos, e eles sabem disso. A questão para mim é que eles não acharam um caminho. E esse, de novo, é um problema que vem do bolsonarismo, porque a direita liberal teria legitimidade para apresentar um projeto para o país, um projeto para a cidade. Só que isso que está aí não tem projeto, como não têm projeto, eles vão cair na vala despolitizadora de dizer que tem que se unir para derrotar o PT. Isso é muito pequeno, é muita falta de projeto. Eu só lamento, e gostaria muito que eles tivessem um projeto para debater. Espero que Sandro Mabel possa trazer projetos para debater, discutir a cidade, discutir o país, o que é bom para todo mundo.
O presidente Lula deve participar da campanha onde as eleições estiverem polarizadas. Goiânia está na rota de visitas de Lula?
Goiânia e Adriana estão no coração do presidente, isso eu posso te falar. A estratégia vai ser desenhada pelo PT e discutida com o presidente e o presidente vai discutir com os partidos aliados. Pelo tamanho da Adriana, pelo posicionamento dela nas pesquisas, ela já é prioridade do PT nacional e o presidente vai considerar isso. Ela é do coração dele e o PT está tratando como prioridade, e acho que ela está na prioridade do presidente também. O presidente, quando vê a Adriana, faz questão de destacá-la no meio de 200 pessoas no palanque. Ele dá os sinais, é do coração dele, da preferência dele e da prioridade dele a Adriana Accorsi.
Em Anápolis, o PL lançou Márcio Corrêa e o prefeito Roberto Naves (Republicanos) lançou a candidatura de Eerizania Freitas. Qual a leitura que o PT faz da eleição em Anápolis?
Antônio Gomide é um caso de sucesso no Brasil. Ele terminou como, se não estou enganado, o mais bem reeleito do Brasil quando ele foi candidato à reeleição. Ele é um caso de sucesso e a nossa experiência é que esses ex-prefeitos petistas que que têm voltado para ser candidatos têm tido muito sucesso, a exemplo do Edinho, em Araraquara, que virou case nacional na pandemia. Se você andar com Gomide em Anápolis, vai ver o lastro político eleitoral dele e a capacidade que ele teve de agregar na cidade. Esse debate de ex-prefeito que deu certo vai ajudar e ele é o grande fiador de si mesmo, porque o trabalho que ele já fez é a prova de que ele é o melhor candidato para a cidade. Para mim, Gomide está muito perto de uma vitória estrondosa em Anápolis por merecimento, pelo que ele fez na cidade. É legítimo as forças se organizarem e tentarem derrotar, é do jogo.
Em Anápolis, o PT deve buscar um representante do grupo evangélico para a compor a chapa?
Há quem defenda isso, tanto na chapa do Gomide como na da Adriana. Os dois querem ampliar e essa ampliação pode passar por vários perfis, não exclusivamente um evangélico; pode ser também. Como estratégia política é bom, mas tem que ser uma aliança verdadeira, não pode ser um vice plantado, tem que ser um vice construído, dialogado, tem que ter namoro, casamento; e tanto o Gomide como a Adriana estão fazendo muitos namoros e esperamos que tenham casamento frutíferos, e pode ser com evangélico ou com outro perfil que amplie. Evangélico está entre esses perfis possíveis.
Quais as alianças o PT busca nas duas cidades? O PSDB pode vir a ser uma alternativa, haja vista que é oposição ao grupo do governador Ronaldo Caiado assim como o PT?
Claro. Primeiro, é legítimo o PSDB nacional querer se reorganizar, lançar candidaturas próprias, resgatar, disputar o seu legado, se recolocar no jogo nacional. Nós queremos esses partidos democráticos fortes no jogo. Nós queremos uma oposição democrática, que tenha projeto no país, e para nós é legítimo e é bom que partidos como o PSDB se fortaleçam e tenham estratégia para se fortalecer. Agora, se houver possibilidade de aliança, as candidaturas da Adriana e do Gomide querem agregar, querem construir com o diálogo. O extremismo não parte de nós, jamais vai partir, nunca partiu. O PT é um partido de esquerda que tem sua ideologia, mas todos os governos do PT foram governos de diálogo, governos de centro-esquerda, governos que jamais impuseram a agenda ideológica do PT. Foram governos que construíram caminhos a partir do diálogo, porque temos que respeitar a sociedade em que vivemos. São agendas possíveis, construídas e dialogadas no ambiente democrático que o país precisa. O diálogo com o PSDB é natural, até porque o PSDB tem saudades de quando ele disputava com o PT e o PT tem saudade de quando disputava com o PSDB, porque era outro nível de disputa, não essa baixaria que vemos hoje.
Além de eleger os prefeitos de Goiânia e Anápolis, quais as outras pretensões do PT em Goiás?
Vamos começar pelas cidades que já governamos e é importante a reeleição, fortalecer as candidaturas em Goiás Velho (prefeito Aderson), Itapuranga (Paulinho Imila) e Professor Jamil (Ney Novaes). Os prefeitos petistas nós queremos fortalecer e os trabalhos estão bonitos, são frutíferos. O que Aderson está fazendo em Goiás é tão bonito, é tão bacana, saudável; em Itapuranga os assentamentos, e a agricultura familiar. Nós vamos ter muitas candidaturas bacanas, lindas e viáveis, mas vou pedir para não ficar citando nomes para não cometer nenhum erro.
O PT vai tentar evitar que a polarização nacional chegue às eleições municipais ou isso pode favorecer o partido?
Para nós, a questão não é se vai polarizar nacionalmente ou não, mas se vai politizar ou despolitizar. Nós entendemos que a polarização nacional, neste momento, está despolitizando. Se ela vier de forma politizadora, é bom para o país, mas neste formato que o bolsonarismo está fazendo, é despolitizador, é deseducador. Sempre trabalhamos com a ideia de que uma eleição está sempre ensinando a fortalecer a democracia, mas quando se faz uma campanha despolitizadora, isso não acontece. Eu sempre entendi que um candidato à prefeitura municipal deve apresentar um programa e discutir os problemas da cidade. A Adriana vai denunciar esses problemas e dizer a proposta dela para esses. Essa pegada de apresentar o diagnóstico e apontar a proposta de solução para o problema fortalece o processo eleitoral, o processo democrático. Eu acho que esse não é o caminho da polarização nacional, mas é como ela vem. Porque quando há uma candidatura do PT forte, os adversários se juntam para derrotar o PT, não se juntam para melhorar a cidade, para resolver a saúde, para resolver a educação. Se esse formato prevalecer, se essa história prevalecer, paciência. Vamos ter que responder, defender o nosso legado, defender a nossa história.É do jogo. A nossa pauta são os problemas concretos da vida das pessoas onde elas moram, onde elas vivem; seja eleição municipal, seja na eleição nacional. Na eleição municipal, aquilo que afeta ao prefeito, achamos que deve ser prioridade, mas não é isso que estão tentando fazer com as eleições, seja em Goiânia ou Anápolis e boa parte das cidades onde o PT está colocado com chances de vitória.
Qual a importância das eleições municipais para as eleições de 2026?
A eleição municipal afeta muito mais as eleições do parlamento do que as eleições do executivo federal. Os deputados federais sempre organizam quantos prefeitos têm na base de apoio, já o executivo federal, pelo menos no nosso governo, sempre tratou igualmente todos os prefeitos e todos os governadores, e os convida para os programas federais a partir da estratégia de país. Todos os programas, Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida, Luz para Todos, PAC, Farmácia Popular têm uma estratégia nacional, têm critérios e todos são convidados a participar, recebem recursos, recebem apoio, recebem programas federais. Para o PT, ter mais prefeito do partido A ou do partido B não é o determinante. Agora, os nossos companheiros que, na eleição, estão com a bandeira na mão, disputando as verdades, desmentindo fake news, sofrendo com várias formas de preconceito, estão neste momento se preparando para disputar a eleição. Nós, como seus companheiros, temos que ter uma recíproca, ter solidariedade e fortalecer a atuação política desses companheiros. É natural que nos coloquemos no sentido de apoiar de alguma forma, mas a nossa postura é muito diferente da postura de muitos atores, governadores, por exemplo, que fazem disso uma das coisas mais importantes da sua vida, e usam a máquina do estado. Isso, para nós, está preso à velha cultura política, dos patriarcados, das oligarquias, é do tempo dos coronéis, quando se disputava território. Nós não disputamos território, disputamos tese e projeto de país. Nós estamos sonhando e tem gente furando nossa costela, mas temos que dialogar, respeitar e fazer a boa política no âmbito municipal e no âmbito nacional.
Lula será candidato à reeleição em 2026?
Eu acho que vai ser e eu espero que ele seja, ele está firme e forte, todo atleta, cada dia mais jovial, e acho que precisamos completar um ciclo para virar uma página triste da nossa história. Quem vier suceder Lula lá em 2030 não pode assumir um país dividido como nós pegamos agora. A disputa eleitoral não justifica dividir o país.
Goiás é considerado um estado bolsonarista. Temos deputados que fazem parte da base do governo Lula e que votam contra o governo porque são bolsonaristas. Como é trabalhar as relações institucionais em um cenário de polarização que extrapola as orientações partidárias?
Não fazemos política de cabresto. Nós dialogamos, construímos e reconstruímos hipóteses todos os dias, todas as horas. Esta é a nossa missão, construir pontes enquanto tem gente que destrói pontes. É claro que gostaríamos que fosse mais fácil, de um outro processo legislativo, de outra relação Executivo-Legislativo, mas o respeito nosso, até com o modelo que discordamos, tem que ser maior, porque não podemos falar em democracia e não praticá-la. Por mais que discordemos e não gostemos do modelo atual, do relacionamento institucional que está imposto pela realidade do jogo político no Congresso, temos que respeitar e construir ponte. Não é fácil se manter firme no propósito de dialogar eternamente. Mais fácil é ser durão, mais fácil é ser autoritário, e há pessoas que são, escolheram esse caminho. Nós escolhemos o caminho do diálogo. E quando pregamos e denunciamos algo diferente, não foi à toa, não foi porque somos bonitos, mas porque esse é o único caminho que as sociedades contemporâneas podem trilhar e ter futuro. Não existe futuro no caminho autoritário em nenhum país em nenhuma civilização. Trilhar qualquer coisa diferente disso é doloroso para a história do país e para a sociedade e o futuro bate muito rápido na nossa porta. Não fazemos isso por capricho, porque é muito mais difícil fazer do jeito que nós estamos fazendo. Não interessa para nós só ter maioria, interessa para nós a harmonia, o diálogo e a parceria com todos.Queremos que a oposição tenha voz, mas que dialogue, porque o país está na frente. Não interessa a disputa, interessa o país e a disputa tem que ser em torno de projetos de país.
Quando fala em modelo que está colocado está se referindo ao orçamento secreto?
Esse é um dos pilares que dificulta muito. É o desequilíbrio de forças entre os poderes. Nenhum poder pode tentar subjugar o outro, e quando há um desequilíbrio dessa força,o Poder Executivo gasta muito mais energia no processo democrático, no diálogo, na construção de consensos. A relação não pode ser orçamentária, tem que ser nas teses.
Em razão da pretensão eleitoral, o governador Caiado vem tentando se manter afastado do governo Lula. Isso tem algum impacto na relação institucional do governo federal com o governo estadual?
Eu acho que Caiado deve responder pelas incoerências dele. Nós somos retilíneos na proposta de relação com os estados e com os municípios, na proposta de relação com os governadores e os prefeitos. Eu acho que o vislumbre de uma possibilidade eleitoral em 2026 produz uma esperança no governador que faz com que ele flerte com a radicalização bolsonarista. Eu acho que ele está errando; é um erro dele e que a história vai julgar isso. E vou dizer mais, Bolsonaro tem um candidato chamado Eduardo Bolsonaro. Caiado não é o candidato do Bolsonaro e não será. Ele está, no meu ponto de vista, errando, mas essa é uma escolha dele e acho que a incoerência vai ter um custo. Eu respondo pelos meus erros e pelas minhas incoerências e acho que ele deve responder pelas dele. Acho que o julgamento dele está errado e algumas escolhas dele também. Se eu fosse aliado dele, assessor dele, apoiador dele, lhe diria que ele está caindo numa cilada. A relação institucional não muda em um governo democrático. Nós estamos em um governo democrático, que não fica fazendo joguinho de pressão, de subjugar governador e prefeito. Quem faz isso é governo autoritário. Temos uma relação institucional retilínea. Todos os nossos programas são dialogados e abertos a todos. E provamos isso com tantos anúncios para o estado, e só espero reconhecimento dessa relação democrática efetiva com todos os governadores, com todos os prefeitos. Estamos falando de cerca de 260 obras e equipamentos só no novo PAC Seleções, em saúde, educação, infraestrutura social e inclusiva; na educação, são 124 obras, entre aparelhos, equipamentos, creches do FNDE; na saúde, 121 obras; fora as obras grandes que foram lançadas no estado de rodovias, ferrovias, estradas; mais as obras que foram selecionadas para Goiás, como a do hospital do câncer, o Cora, e o BRT no, de R$ 1 bilhão. É muito recurso, muita obra, muito investimento e, em nenhum momento, o governador foi constrangido para tratar desse assunto. Pelo contrário, o testemunho que tenho foi de até de um encantamento do governador com a qualidade, a presteza, o diálogo e a abertura do governo federal para tratar indiscriminadamente todos os governadores. Da nossa parte, nos orgulhamos de ter construído algo que é um legado para o país, que os outros governantes tinham que ter continuado, que o Bolsonaro tinha que ter continuado e não ter cassado o governador como inimigo porque discordava dele. Estamos provando de novo que esse é o caminho: que um país civilizado, um país moderno, um país democrático tem que ter relação institucional, não relação política de subserviência.
As desculpas que Caiado apresentou ao primeiro-ministro Israel, Benjamin Netanyahu, pelas declarações de Lula sobre a guerra, foram irregulares do ponto de vista das relações exteriores?
Eu acho que foi mais um erro de cálculo político de quem quer flertar com o bolsonarismo, só isso. Do ponto de vista das relações exteriores não tem o que se dizer, não existe consequência. O que existe é um erro de cálculo de alguém que quer se colocar para 2026. Que pena!
O PT vê Caiado como um provável candidato a presidente da República em 2026?
Não.
A última pesquisa mostra que Lula tem 49% de aprovação em Goiás. Era o que esperavam ou foram surpreendidos?
Quando formos comparar com as pesquisas nacionais que já tinham saído, está totalmente dentro da margem, totalmente batendo. Nós vamos fazer o certo e aquilo que acreditamos. Tem hora que a opinião pública está mais favorável e tem hora que está menos. A gente respeita a pesquisa e utiliza para melhorar, para dialogar, para tentar comunicar melhor. Mas pesquisa é importante pro governante.
O senhor, que participou dos outros governos do PT, como avalia esse quinto governo petista, dada a situação que o país vive, que é totalmente diferente das anteriores?
Uma situação muito mais difícil, mas um governo muito mais maduro. As turbulências são naturais e a questão é como você se comporta nos momentos de turbulência. Nós temos uma missão, que é recolocar o país nos trilhos Jamais imaginávamos que a democracia teria que ser pauta novamente no país, mas infelizmente temos que reconstruir os pilares da democracia, refortalecer as instituições, recolocar o país no mundo, reconstruir uma economia que cresça e distribua renda. São eixos que entendemos como missão para que as próximas gerações não precisem fazer tudo de novo. Queremos entregar ainda mais sólido, ainda mais construído, e que as próximas gerações possam herdar um Brasil ainda melhor.