De janeiro a novembro deste ano, o Tocantins ultrapassou a marca de 3 milhões de raios nuvem-solo, ou seja, as descargas atmosféricas que chegam à superfície da Terra. Somente em novembro, o número de raios foi de 776.778, segundo dados do Grupo Storm, empresa de monitoramento climático que atende a Energisa. Em dezembro, até esta terça-feira, dia 10, o número já superou a marca de 300 mil descargas.
Esse tipo de descarga atmosférica tem potencial para causar danos materiais, iniciar incêndios e até provocar acidentes com pessoas ou animais. Além disso, caso atinja a rede elétrica, o raio pode impactar no fornecimento de energia ou queimar equipamentos elétricos.
Além das descargas, outro fator que chamou a atenção este ano foi a intensidade dos ventos. No início de outubro, por exemplo, um temporal com rajadas de cerca de 100 km/h danificou mais de 60 postes no Tocantins, que lançaram diversos objetos na rede elétrica, como telhas, galhos e árvores, com destaque para Porto Nacional, onde 26 estruturas foram quebradas.
Apesar da severidade do cenário, a quantidade de descargas atmosféricas até novembro foi 25% menor que o comparado ao mesmo período do ano passado, quando o fenômeno El Niño estava em atuação. “Agora em novembro, por exemplo, passamos por um período de transição/neutralidade da temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico Equatorial, isto é, sem influência do El Niño e nem do La Niña”, explica a meteorologista e consultora da Energisa, Ana Paula Paes.
Segurança
Para os próximos dias, a tendência é de chuvas moderadas a fortes, com possibilidade de descargas atmosféricas e ventos de até 50 km/h. “Com o apoio do Grupo Storm, monitoramos o clima continuamente para embasar a tomada de decisões de proteção do sistema elétrico. Assim, conseguimos agir de forma preventiva e realizar os atendimentos emergenciais de maneira mais ágil”, afirma o gerente de operações da Energisa, Maurício Zanina.
A concessionária de energia reforça que, ao identificar qualquer problema na rede elétrica, é fundamental manter uma distância segura e comunicar imediatamente à Energisa. “A tentativa de remover objetos da rede energizada pode resultar em choques elétricos graves. Além disso, recomenda-se evitar manutenções elétricas durante a ocorrência de tempestades, bem como o manuseio de equipamentos elétricos com as mãos molhadas. Essas precauções são essenciais para garantir a segurança de todos”, reforça o gerente.
Diante desse cenário de chuvas, a concessionária de energia alerta para as seguintes orientações de segurança:
- Nunca utilize aparelho conectado à tomada durante temporais;
- Os cabos telefônicos, cabos de TV por assinatura e fiação de antenas são capazes de conduzir a corrente elétrica dos raios até os aparelhos. Por isso, é aconselhável retirar os aparelhos eletrônicos (normalmente mais sensíveis) das conexões com rede de telefonia, TV a cabo e antena externa;
- Sempre que puder, aterre a rede elétrica da residência ou comércio;
- Não utilize chuveiro elétrico durante tempestades;
- Quando ouvir os trovões, nunca fique em campo aberto. Procure abrigo imediatamente em construções e feche os vidros e janelas. Se não for possível se abrigar, agache-se com as mãos na nuca e pés juntos;
- Não fique embaixo de árvores ou próximo a torres;
- Se estiver dentro de um carro, feche as janelas e aguarde a tempestade passar para poder sair. O carro oferece uma boa proteção contra raios;
- Não toque em fios caídos ou em objetos que estejam em contato com a rede elétrica, eles podem estar energizados.
A Energisa recomenda, ainda, que os clientes comuniquem ocorrências envolvendo a rede elétrica por meio dos seus canais de atendimento: por telefone, discando para o número 0800 721 3330; através do aplicativo Energisa On, disponível tanto na Google Play quanto na App Store; pela Agência Digital no site energisa.com.br; e via atendente virtual pelo WhatsApp (Gisa) acessível em www.gisa.energisa.com.br. (Energisa/TO)