A LaLiga, associação responsável pela organização do Campeonato Espanhol, comunicou nesta terça-feira que pedirá ao governo da Espanha mais autonomia para punir casos de racismo no futebol nacional. No texto, a entidade, criticada pelo atacante Vinícius Júnior pela ineficácia em coibir ataques racistas em seus campeonatos, diz “liderar há anos”a denúncia de racismo em estádios, mas se coloca como “impotente” diante do desfecho dos casos quando chegam ao poder público.
“Apesar de sua luta implacável contra a violência e o racismo em toda a extensão de seus poderes (que, atualmente, de acordo com a lei espanhola, se limitam a identificar e relatar eventos), a LaLiga sente uma enorme frustração com a falta de sanções e condenações proferidas pelos órgãos disciplinares esportivos, órgãos públicos, administrações públicas e órgãos jurisdicionais aos quais são feitas as denúncias”, diz um trecho do texto.
A associação pedirá, nos próximos dias, a alteração das leis 19/2007 e 39/2022. A primeira versa especificamente sobre violência, racismo e intolerância no esporte, e a segunda trata do esporte de forma geral. O objetivo da LaLiga é que a legislação a dê o poder de aplicar sanções como o fechamento total ou parcial de estádios, proibição de acesso aos recintos desportivos e imposição de multas.