Ainda que as diretrizes do TikTok proíbam o acesso a menores de 13 anos, a rede é a favorita entre as crianças da faixa etária no país. É o que mostram os números da pesquisa TIC Kids Online Brasil de 2022, realizada anualmente pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e divulgada neste mês.
O levantamento ouviu 2.604 crianças e adolescentes de 9 a 17 anos, e 2.604 pais ou responsáveis de todo o país entre junho e outubro do ano passado. No geral, os resultados apontaram que 35% disse que o TikTok era a rede social mais utilizada, mesmo percentual daqueles que apontaram o Instagram.
No entanto, esse número foi maior entre os mais novos: entre aqueles de 11 e 12 anos, quase metade (46%) diz preferir a plataforma, enquanto somente 21% cita o Instagram. Por outro lado, entre os mais velhos, de 15 a 17 anos, 51% cita o Instagram, e 32% afirma usar mais o TikTok. Em nenhuma faixa etária o Facebook, o Twitter ou o Snapchat ultrapassam 10% dos usuários como rede favorita.
TikTok é a rede mais usada por crianças abaixo de 13 anos no Brasil
O acesso ao TikTok por menores de 13 anos, porém, é proibido, e perfis que utilizem dados falsos para burlar a regra, embora a pesquisa mostre ser algo comum, podem ser derrubados pela plataforma. Somente no ano passado, a empresa removeu cerca de 78,3 milhões de contas por suspeita de terem burlado o critério etário – cerca de 8% do total de usuários ativos.
“O TikTok é restrito para maiores 13 anos, e perfis de menores abaixo dessa faixa etária são removidos quando identificados por meio de tecnologia e moderação humana. Lembramos que o TikTok tem uma classificação 12+ na App Store e é listado como “Orientação dos pais recomendada” na Play Store do Google, que permite que os pais usem controles no nível do dispositivo para impedir que seus filhos baixem o aplicativo”, diz a plataforma.
O TikTok tem diretrizes que proíbem a veiculação de conteúdos considerados nocivos, como desafios perigosos, estímulos a transtornos de saúde mental e alimentares, vídeos com nudez e teor sexual, bullying, assédio, violência e discurso de ódio, imagens explícitas, entre outros.
No entanto, assim como outras redes sociais, é comum encontrar publicações que conseguem escapar à moderação das plataformas e oferecer riscos à saúde dos mais novos. Por isso, há condutas que os especialistas orientam aos pais para minimizar um impacto negativo.
Limitar o uso
Em reportagem recente do Globo, que abordou pediatras para ouvir as principais recomendações aos pais, um consenso foi que os pais não permitam a criação de um perfil nas redes sociais para menores de 13 anos.