O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como seu segundo homem de confiança no Supremo Tribunal Federal (STF), após a indicação de seu ex-advogado Cristiano Zanin em junho.
O segundo escolhido por Lula ao STF teve indicação aprovada pelo Senado nesta quarta-feira (13/12). Na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ), Dino teve seu nome aprovado por 17 votos a 10, e no plenário, por 47 votos a 31.
Na CCJ, sua sabatina durou mais de dez horas e envolveu a discussão sobre temas polêmicos, como a atuação de Dino no 8 de janeiro e pautas de costumes.
Mais interessado em ter um novo interlocutor dentro da Corte do que em aumentar a representatividade social da instância, Lula ignorou a pressão de parte da sociedade para indicar uma jurista negra na vaga aberta com a aposentadoria de Rosa Weber. Com isso, o Supremo volta a ter apenas uma mulher em sua composição de onze ministros, a ministra Cármen Lúcia.
Nenhuma indicação para a Corte foi rejeitada desde 1894, mas o perfil político combativo de Dino criou mais resistência ao seu nome entre parte dos senadores do que se observou na indicação de Zanin.