A BR-319, rodovia que conecta Manaus (AM) a Porto Velho (RO), teve suas obras autorizadas para retomada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), após decisão do desembargador Flávio Jardim. A obra, que gerou intensos debates devido aos impactos ambientais, estava suspensa por uma ação pública movida pelo Laboratório de Observação do Clima, preocupados com o desmatamento acelerado e as consequências climáticas na Amazônia.
A decisão do TRF-1 atendeu à petição conjunta da União, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O governo federal defende a BR-319 como uma obra sustentável e crucial para melhorar a infraestrutura da Amazônia, alegando que a criação de Unidades de Conservação ao longo da estrada será capaz de mitigar o desmatamento ilegal.
Cloves Benevides, subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, enfatizou a importância do diálogo entre as partes envolvidas para garantir que o projeto avance de forma equilibrada, conciliando o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.
Entretanto, ambientalistas alertam que a pavimentação da estrada pode facilitar a expansão de atividades como agricultura e exploração madeireira em áreas remotas da floresta, aumentando a pressão sobre os recursos naturais da região.